Carlos Bobi também é grafiteiro, mas acredita que a melhor
maneira de expor seu trabalho é a céu aberto, nas ruas. Ele diz que já expôs em
diversas galerias do Rio e São Paulo, mas usa sua arte e o dom do desenho para
ensinar crianças de comunidades carentes. Bobi, como é chamado pelos amigos
grafiteiros, também comanda o maior evento de grafite da América Latina, o
“Mof”, mais conhecido como “Meeting of Favela”, onde todo ano fazem a
restauração da Villa Operária. O evento conta com artistas do mundo todo, que
doam seus materiais para deixar a Villa Operária mais bonita. Carlos Bobi diz
que é um ato generoso, mas que dá muito prazer, pois o retorno e o sorriso no
rosto dos moradores é gratificante.
O artista conta que sempre esteve ligada a arte, e que a
princípio seus pais duvidavam que ele conseguiria viver disso, mas ele seguiu
em frente e hoje vive de aulas particulares para mais de 30 alunos que dá no
Espaço Rabisco, um estúdio em Copacabana que aluga com mais dois amigos
grafiteiros. Ele divide seu tempo entre essas aulas, as aulas que dá em
comunidades e a reuniões de produção do “MOF”.
O artista conta que sua inspiração vem da música que escuta
quando está produzindo, e do trabalho de alguns amigos do ramo como Acme e Eco,
que seguem a mesma linha que ele; um desenho mais realista, mas também admira o
estilo diferenciado dos Gêmeos, e ainda cita a dupla como importante para o
mercado do grafite, pois ele diz que o reconhecimento mundial dos Gêmeos
contribuiu para uma maior aceitação da arte de rua. “A arte de rua virou moda
depois do surgimento dos Gêmeos. Eles ajudaram muito a evolução do grafite”.
Carlos Bobi diz que o mercado ainda está crescendo, e que este movimento veio
pra ficar e marcar a história.
Bobi acredita que a arte seja
necessária na vida das pessoas, e que as ruas sem os grafites não seriam tão
alegres. As crianças, segundo ele, adoram reparar nos desenhos e cada vez mais
cresce a procura para aprender a pintar nas ruas.
Arrasou, Lynn! Lindas fotos :)
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