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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Meeting Of Favela Vem Aí






O maior evento de grafite voluntário da América Latina está de volta
​Um evento de grande importância para a cena do grafite está próximo de acontecer. No dia 2 de dezembro a Villa Operária, zona norte do Rio de Janeiro estará pronta para receber em torno de 800 grafiteiros. 

O evento está na sua oitava edição e foi criado por quatro amigos grafiteiros: Carlos Bobi, Kaja Man, Combone Wesley e Márcio Bunnys, como são conhecidos nas ruas. 

O Mof já está sendo esperado ansiosamente pelos moradores da favela, que recebem os artistas de portas abertas, muitas vezes oferecendo pratos de comida e cerveja gelada em troca de pinturas. Os grafiteiros chegam com seus próprios materiais para fazer uma grande "reforma" na Villa Operária, em Duque de Caxias. No final de cada evento você conhsegue ver um resultado brilhante: A comunidade toda renovada e colorida e os moradores esbanjando alegria junto aos grafiteiros.

Dá gosto de ver projetos como esse.

domingo, 24 de novembro de 2013

Rui Amaral







Um dos pioneiros no grafite abre portas de sua galeria em São Paulo
Como surgiu a idéia de abrir sua própria galeria de arte urbana?

Vi a necessidade de um espaço dedicado a esse tipo de arte. Tem muito pouco por aí, especialmente aqui no Brasil. Eu pinto desde os anos 70 então acompanho o crescimento desse movimento há muito tempo, e senti essa vontade, de poder expor tanto meus trabalhos como o de amigos e artistas que eu acredito.

Você começou a galeria com uma exposição da Fleshbeck crew. Porque essa escolha?

Os meninos da Fleshbeck além de terem muito talento são meus amigos há muito tempo. Acredito no potencial dele. Eles já são super reconhecidos aqui e lá fora e sempre gostei do traço deles. Eles conheceram o espaço e fizeram tudo em função disso o que contribuiu para que ficasse uma exposição de "alto nível".


Como foi dividida fisicamente a exposição e qual foi o conceito utilizado na escolha das obras?

Deixei isso a critério deles. Como disse, eles vieram conhecer o espaço antes e ai criaram as obras em cima disso. Foi ai que surgiu a idéia de fazer uma conex˜ao entre o espaço e as obras expostas. A arte está saindo da tela nessa exposição. Sai da tela para a parede da galeria, o que foi muito bacana e muito bem visto pelos visitantes.

Fala sobre as diferenças entre o grafite de São Paulo e do Rio.

Eu não enxergo essa diferença. Eu acho que o grafite é uma coisa mundial. Muitas pessoas falam sobre essa diferença mas pra mim funciona assim: O cara que pinta no Rio fica com cara de grafite do Rio e o cara que pinta em São Paulo, domina as ruas com a sua arte e fica com a cara de São Paulo.

Gais Ama Entrevista


O artista Gais Ama vêm colecionando exposições por aqui e no mundo. Suas telas misturam criatividade, audácia e inteligência. Com um mix de colagens e pinturas simples, porém extraordinárias, Gais cresce no Mercado e no gosto dos apreciadores da boa arte.



Gais:

Por que o cod-nome Gais? Qual a origem deste apelido?

Isso é quase uma regra, quem pinta nas ruas tem sempre um apelido, e o ideal é que seja um nome curto, que marque a sua identidade, e que você possa assinar seus desenhos nas ruas. O meu ficou Gais Ama devido ao meu nome ser Douglas. Do “Glas” no final do nome evoluiu para Gais, e o “Ama” eu mesmo acrescentei porque achei interessante. Não sei muito bem como explicar, aconteceu e assim ficou, porque gostei.

Desde quando você percebeu que viveria de arte?

Desde muito novo me pegava desenhando, fazendo recortes, guardando arte, percebendo arte por toda parte e me interessando cada vez mais. Não me lembro de não estar fazendo arte em nenhum ano da minha vida. Ela sempre esteve presente.

O que te serve de fonte de inspiracao?

Procuro escutar muita música. Sou fã da Elis Regina. Quando pinto escuto muita música. Isso me move, me dá vontade de produzir. Quanto a artistas plásticos tem muita gente que me inspira, não caberia a lista aqui, mas cito os principais: Ligia Papi, Kandinsky.

O que você acha dessa transição das ruas para as galerias?

Acho sensacional. A possibilidade de um artista de rua expor é maravilhoso. Poder enquadrar um pouco do que está nas ruas, dado gratuitamente para o público é demais. Comercializar essa arte é o que nos sustenta. Na rua investimos para termos algum reconhecimento, além é claro do prazer que nos dá.


Conta pra gente sobre sua exposição na Galeria Huma Projects.

Essa última exposição foi bem diferente das outras. Me sinto evoluindo, chegando sempre a algum novo estágio. Dessa vez mudei radicalmente e segui a linguagem das colagens. Há anos venho colecionando imagens retrôs que encontro em revistas muito antigas. Fiz umas colagens com essas imagens antigas que conversam diretamente com meu trabalho. Não segui nenhuma regra, as vezes a colagem me levava a algum resultado e as vezes meu desenho pedia alguma colagem.

Como é feito uma exposição, como acontecesse esse processo?

O espaço ideal conversa com a arte. No caso da Galeria Huma, onde fiz essa última exposição, percebi como ambos interagiam já que meu trabalho tem ligação direta com linhas retas, gráficas, que remetem a quinas, cantos. Havia quinas e cantos em toda a parte, e inclusive pedi para fazer uma intervenção numa quina que me chamou muita atenção. Ficou lindo ! Pra mim esse é o tipo de espaço perfeito para expor.

Sua arte tem um traço bem solto, livre….o que te inspira? Tem algum artista que te sirva de fonte de inspiracao?

Procuro escutar muita música. Sou fã da Elis Regina. Quando pinto escuto muita música. Isso me move, me dá vontade de produzir. Quanto a artistas plásticos tem muita gente que me inspira, não caberia a lista aqui, mas cito os principais: Ligia Papi, Kandinsky.

Eu sempre notei que as cores vermelho, preto e branco estão sempre presente nas suas telas e grafites, tem alguma explicação pra isso?

São cores presentes na vida de todo mundo. O preto e branco porque são a base de tudo, a cor e a não cor. E o vermelho sempre me convenceu, sempre me chamou atenção.

O que você acha dessa transição das ruas para as galerias?

Acho sensacional. A possibilidade de um artista de rua expor é maravilhoso. Poder enquadrar um pouco do que está nas ruas, dado gratuitamente para o público é demais. Comercializar essa arte é o que nos sustenta. Na rua investimos para termos algum reconhecimento, além é claro do prazer que nos dá.